No dia 29 de fevereiro, o reitor da UESPI, Carlos Alberto (PT), de forma irresponsável, aprovou a adesão da UESPI ao Novo ENEM. A decisão foi tomada de forma arbitrária, dentro da ilegalidade, pois recusou o pedido de vista do professor Daniel Solon, integrante do Conselho Universitário e dirigente da ADCESP (Sindicato dos Docentes da UESPI), filiada a CSP-Conlutas.
De acordo com o estatuto da instituição, qualquer processo deve ser aprovado pelo Conselho mediante apresentação de um projeto físico para análise. Diante da inexistência desse projeto, o reitor atropelou a votação, desrespeitando o Conselho Universitário, que deveria ser o órgão de deliberação máxima da Instituição. Sendo assim, a decisão da Adesão da UESPI ao Novo ENEM ainda é cabível de anulaçãojudicial. No entanto, para que isso aconteça, é necessário que estudantes, professores e técnicos se mobilizem para enfrentar os desmandos do reitor.
Se não fizermos nada, permitiremos que Carlos Alberto abra um terrível precedente, ferindo a pouca democracia que ainda existe nas instâncias de deliberação da nossa universidade, deixando o campo aberto para que ele tome as decisões mais absurdas, na contramão dos interesses de estudantes, trabalhadores(as) e de toda a população piauiense. Portanto a questão agora vai além de quem é contra ou não ao Novo ENEM, o que está em jogo é a democracia e autonomia universitária da UESPI.
Portanto é preciso fortalecer a luta iniciada pela Campanha SOSUESPI, em setembro de 2010, em defesa da Autonomia Financeira (Política e Administrativa) da UESPI, da Assistência Estudantil e da DEMOCRACIA NOS ESPAÇOS DELIBERATIVOS, que como vimos, é praticamente inexistente. As políticas implantadas na UESPI não devem sair da cabeça do Reitor ou apenas das pró-reitorias, elas devem ser pensadas, analisadas e formuladas pelo conjunto de estudantes, professores e trabalhadores da instituição.
Além disso, é fundamental que nós, estudantes, possamos ter uma ferramenta de organização para nos defendermos desses ataques, que tendem a precarizar e sucatear cada vez mais a nossa universidade e a educação pública de forma geral. Por isso precisamos fortalecer o Movimento DCE-UESPI Livre, que surgiu no meio do ano passado e vem dando passos importantes para a retomada do nosso diretório, que há muitos anos morreu politicamente para os estudantes da UESPI.
São nesses momentos que percebemos o quanto é necessário termos um instrumento de organização como um DCE, para que os estudantes possam dar uma resposta às arbitrariedades e excessos autoritários da Reitoria da UESPI. Por isso a ANEL faz o chamado a tod@s os estudantes da UESPI para construir esse Movimento e assim, retomar o Diretório Central dos Estudantes da UESPI e fazer dele nosso porta-voz,como instrumento de organização política.
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