quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Estudantes do Piauí na luta junto com Trabalhadores da Educação



“Greve unificada não é mole não, 
trabalhador e estudante defendendo a educação!”

Pela primeira vez na história, a educação municipal em Teresina não inicia o ano letivo. Desde o dia 6 de fevereiro, os servidores da educação municipal estão em greve, na defesa de diversos direitos que vêm sendo negados pela prefeitura municipal de Elmano Férrer (PTB). 

Os trabalhadores da educação exigem o cumprimento da lei do piso nacional 11.378/2008 para professores, que institui um terço de horário pedagógico e aumento de 22% nos salários para janeiro de 2012. Defendem também o retorno das eleições diretas para diretores de escolas. Esse direito foi historicamente conquistado pela categoria desde 1986, retirado na gestão de Elmano, para estabelecer uma verdadeira ditadura na educação municipal, colocando pessoas por indicação, em sua maioria cabos eleitorais do prefeito e dos seus aliados.

A todo o momento, o Secretário Municipal de Educação Municipal, Paulo Machado, empresário da educação privada em Teresina, se mantém intransigente. Já são mais de 20 dias de greve e o secretário recebeu a comissão de negociação apenas uma vez, porém não atendeu a nenhuma das pautas de reivindicação da categoria. Enquanto isso, a paciência dos trabalhadores/as da educação municipal tem se esgotado. 

Na tarde do dia 28 de fevereiro, os servidores grevistas ocuparam a sede da Secretária Municipal de Educação e exigiram negociação. Além de ignorados, dessa vez foram recebidos pela Polícia Militar, que reprimiu covardemente os servidores/as municipais da educação. Um policial ainda tentou sacar a arma, mas os manifestantes conseguiram impedi-lo. É assim que o prefeito trata quem luta em defesa de uma educação pública de qualidade. Aliado dos empresários da educação, fechar e sucatear escola pública, para Elmano e seus comparsas, é um negócio e tanto. 

Infelizmente essa não é uma realidade isolada. A educação estadual também não anda nada bem. Inúmeras escolas estão sucateadas, faltam professores, não há estrutura alguma para receber os/as alunos/as. No interior essa realidade é ainda pior, parte das escolas nem possuem sede própria. Devido ao baixo investimento do governo, a situação não tem melhorado nada. Neste sentido, os trabalhadores da educação estadual, em assembléia realizada no dia 27 de fevereiro, deflagraram greve, também em defesa ao cumprimento da lei do piso nacional, e aprovaram a unificação junto à greve dos servidores/as da educação municipal. 

 A juventude de Teresina, que foi inspiração através das lutas históricas realizadas #contraoaumento abusivo do preço das passagens de ônibus, deve também apoiar a luta dos trabalhadores da educação municipal e estadual, para juntos lutarmos por maior qualidade e investimentos para a educação! Se a luta em defesa do transporte público é uma necessidade, a luta em defesa da educação deve ser ainda maior.

A Assembléia Nacional de Estudantes – Livre faz um chamado a todo o movimento estudantil combativo e de luta, que não se vende e não se rende, Centros Acadêmicos (CA’s), Coletivos, Agrupamentos políticos, estudantes independentes, a mais uma vez ocuparem às ruas. Agora todos juntos em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade e por melhores condições de trabalho para os servidores/as da educação. Convocamos todos/as a comparecerem à Assembléia Unificada da Educação Municipal e Estadual no dia 1º de Março (quinta-feira), às 8h da manhã, no Teatro de Arena (Praça da Bandeira).

  • TODO APOIO ÀS GREVES DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL E ESTADUAL!
  • 10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO PÚBLICA JÁ!
  • POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE!


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