
As eleições para a Reitoria estão se aproximando e esse é o momento de todos os setores da comunidade universitária debaterem a universidade e apresentar propostas, escolhendo de forma justa o Reitor. No entanto, nada disso ocorre na realidade! As eleições para reitor são delimitadas por uma lei federal, datada de 1968 (período de ditadura), ainda em vigor. Assim, os reitores são escolhidos através de uma lista com 03 nomes indicados pelo Conselho Universitário – CONSUN e enviada para a Presidente Dilma que dará o veredito final, nomeando um dos três para exercer o cargo de reitor.
No mês de abril, o CONSUN se reuniu para definir os critérios da eleição para reitor. O conselho discutiu com base numa nota técnica do MEC que reafirma a lei federal e estabelece que os estudantes, professores e servidores são meramente consultados nas eleições para reitor e de forma não paritária, pela qual o voto dos professores equivale a 03 votos dos estudantes. Com base nisso, o CONSUN transferiu a sua responsabilidade para a ADUFPI, o DCE, os grêmios do Colégio Agrícola para realizarem uma consulta à comunidade acadêmica, mas, que não vinculará a decisão do conselho. Ou seja, a decisão depende ainda de pleno acordo de “cúpula” entre o conselho universitário.
Devido a toda essa situação, os setores organizados da UFPI entraram na justiça para determinar que o Conselho Universitário realize de fato eleições para a reitoria, com o voto da comunidade acadêmica. Pressionado pela revolta dos estudantes, professores e servidores, nessa última quarta-feira, o CONSUN novamente se reuniu. O resultado foi que serão realizadas as eleições, porém, A ELEIÇÃO NÃO SERÁ PARITÁRIA!
Dessa forma, o reitor Júnior permanece negando a autonomia universitária e a própria democracia dentro da UFPI, ao defender que os setores da universidade não têm igualdade na escolha para Reitor, obedecendo todas as políticas do governo federal, sem qualquer debate. Foi assim com a adesão da UFPI ao novo ENEM e com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH, uma empresa privada, que irá administrar o nosso Hospital Universitário, da mesma forma será agora, ao obedecer a uma lei da ditadura militar, na determinação de ELEIÇÕES NÃO PARITÁRIAS PARA A REITORIA!
O REITOR TEM O PODER DE DIZER NÃO A ISSO! A ANEL chama todos os estudantes, professores e servidores a exigirem do Reitor a defesa da autonomia universitária. A todas as reitorias é garantido o princípio da autonomia universitária, por isso, nos posicionamos contra esse decreto e buscamos o compromisso do Reitor em realizar as eleições de forma paritária e que a decisão seja acatada pelo CONSUN.
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