quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Um chamado a luta #CONTRAAPRIVATIZAÇÃO da AGESPISA.



Os processos de Privatizações de Empresas Estatais no Brasil decorrem de fatores históricos atribuídos às péssimas gestões, que governaram o nosso país durante décadas, buscando meios subversivos para descaracterizarem os serviços públicos, atribuindo-lhes a concepção de ineficazes frente ao processo de Administração das empresas públicas, oportunizando aos detentores do poder estatal a possibilidade de repasse deste poder de administração para a iniciativa privada.
Esses fatores iniciaram na década de 1990, há mais ou menos 20 anos e desde então vem se efetivando e se consolidando. Tal atitude iniciou-se no governo Collor de Mello, com a Medida Provisória nª 155, onde se consolida uma utopia neoliberal em que as empresas estatais são vistas como um obstáculo á modernização quanto as questões industriais e a competitividade. Todavia, temos que deixar evidente que as empresas estatais autofinanciaram suas expansões. Se atualmente encontram-se quebradas é porque serviram como instrumentos da economia de curto prazo, captando recurso externo e rebaixando seus preços. E este processo não parou, continuou no governo de Fernando Henrique Cardoso, que com “mãos-de-ferro” neoliberais, pautando a privatização das empresas estatais, como exemplo, a Companhia Vale do Rio Doce, a Telebrás e o Banespa.
A que conclusões podemos chegar? Com a privatização das empresas estatais, o nosso país continua num processo de dependência tecnológica e econômica dos países desenvolvidos. Fora isto, o investimento que deveria circular e ser direcionado para melhorias sociais e culturais em nosso Estado são direcionados aos países desenvolvidos.
 O Partido dos Trabalhadores (PT) não pensou duas vezes em continuar com a mesmas politicas ostensivas contra as empresas estatais, em que a Presidente Dilma Rousseff, coloca este ponto como uma forma de beneficiar a população fazendo parcerias com o setor privado, objetivando soldar uma divida de décadas. Devemos acreditar nisso ?  Jamais poderíamos esperar que o governo petista assumisse o caráter privatista da suas atuais medidas, já que os mesmos construíram  suas campanhas eleitorais atacando a politica privatizadora do governo do Fernando Henrique Cardoso.
Diz o governo petista que essa atitude não passa de concessões a iniciativa privada, utilizando-se do mesmo discurso dos tucanos para mostrar que o setor público seria sinônimo de ineficiência e incompetência, atuando com Parcerias Públicos Privadas, direcionando e desviando dinheiro que deveria ser colocado em infraestrutura para o pagamento da divida pública.
O Estado do Piauí não está fora deste processo de privatização das empresas estatais, que desde a década de 1990 que os serviços públicos sofrem constantes ataques, desde a privatização da TELEPISA até a recente privatização da CEPISA.
O governo do Estado do Piauí de Wilson Martins (PSB) e sua corja parlamentar preparam mais um ataque à população piauiense objetivando a privatização da Companhia de Agua e Esgoto do Piauí (AGESPISA), onde o mesmo discurso da insuficiência e incompetência do serviços prestados pela empresa estatal são utilizados como justificativas para a futura privatização da empresa. Dentre os argumentos que a bancada parlamentar coloca são os  supostos barateamentos dos serviços prestados e a prestação de um serviço melhor. Mas isto será verdade? Com o advento da privatização da AGESPISA, nenhuma empresa irá investir 1 bilhão de reais em algo sem esperar um retorno a curto prazo. E quem pagará por este investimento? O consumidor, que será o maior alvo, desse disparate do governador Wilson Martins.
Algumas denuncias devem ser colocadas. Primeiro a falta de água que aconteceu em Teresina, não foi acidental, conforme informações passadas pelo Sindicato dos Urbanitários, foi uma atitude premeditada, objetivando consolidar a opinião que a empresa estatal é ineficaz e insuficiente.  Em Segundo lugar, as questões econômicas aqui apresentadas não podem ser colocadas como fomento para a privatização desta empresa estatal já que a mesma pode conseguir capital por meio do PAC ou por via licitatória. A grande verdade que está privatização só viria a beneficiar grandes grupos econômicos do nosso Estado, visando as campanhas eleitorais de 2014.
Em terceiro lugar a AGESPISA passa por um grande processo de terceirização e irregularidade advinda de uma gestão fraudulenta, um exemplo claro disso é o caixa que foi disponibilizado para o órgão de R$ 430 milhões em 2012,  para serem investidas na expansão das redes e nas melhorias no sistema de abastecimento e nada foi feito.
Qual o resultado dessas fraudes? A falta do melhoramento dos equipamentos, a falta de concurso público gerando a irregularidade contratual de funcionários e a contratação de empresas terceirizadas e rombos nos cofres públicos.
Diante de todos esses absurdos, a Assembleia Nacional de Estudantes-Livre faz um chamado à população Piauiense para que se junte a esta luta, contra a máfia dos grupos empresariais e da corja politica do nosso Estado.
A água não deve ser vista como mercadoria e sim como um bem essencial à vida humana. Devemos lutar por um serviço público e de qualidade, onde os serviços prestados devem beneficiar a população e não a grupos empresariais que visam ás eleições de 2014.




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