A Uespi, ao longo de sua história, tem enfrentado uma série de problemas estruturais, causados principalmente pela irresponsabilidade de sucessivos governos e reitorias. Esta universidade serviu e serve de laboratório para implementação de políticas precarizantes do ensino superior público, a exemplo da expansão desenfreada e sem qualidade tocada pelo governo Mão Santa em sua gestão e que hoje é também realidade nas Universidades Federais através do Reuni.
A falta de autonomia financeira, ou trocando em miúdos, a falta de investimentos suficientes para manutenção e ampliação da UESPI é o principal problema encontrado pelo movimento organizado de professores, técnicos e estudantes. Somado a esse problema, não temos uma política de assistencia estudantil e falta democracia nos espaços deliberativos da UESPI.
Foi por conta desses inúmeros problemas, que surgiu o movimento #SOS UESPI em 2010, construido pela comunidade acadêmica reunindo a ADCESP, Centros Acadêmicos e várias pessoas dispostas a lutar por uma UESPI verdadeiramente pública, gratuita e de qualidade.
De lá para cá, conseguimos realizar atividades importantes de conscientização da comunidade e de denuncias do governo estadual e da reitoria. Um importante reflexo dessa campanha foi a forte greve de professores e estudantes da instituição nesse ano, que contou com a adesão dos três campi da capital e os do interior.
Durante todas essas lutas, a Assembleia Nacional de Estudantes-Livre (ANEL) esteve na construção efetiva do movimento de estudantes junto aos professores e contribuiu na formação de novos lutadores em defesa da UESPI. E nessa caminhada tivemos felizes surpresas, como o movimento estudantil organizado que se rearticulou em Parnaíba.
Os estudantes de Parnaíba, após anos sem mobilizações no campus, se rearticularam através de diferentes cursos e do apoio de alguns aguerridos professores e abraçaram a campanha #SOSUESPI, pautando as mudanças que o campus e a UESPI de conjunto precisam ter. Nessa empreitada, a participação de um grupo de estudantes de história cumpriu um papel fundamental na reorganização do movimento estudantil de Parnaíba. Esse grupo de estudantes de história foi quem atuou ativamente na refundação do Centro Acadêmico do curso em Parnaíba e se inseriu nos mais diversos debates e campanhas na UESPI através do Grupo de Estudos Marxistas (GEMPI).
É preciso fortalecer a unidade do movimento estudantil em defesa da UESPI. Nesse sentido, nós da ANEL, saudamos e apoiamos a Chapa 01 para o CA de História de Parnaíba, por entendermos que nessa chapa fazem parte lutadores e lutadoras que construíram ativamente a unidade na luta em defesa da UESPI durante os últimos anos. Nessa chapa não há pessoas que se venderam ou se renderam à promessas vazias do Reitor Carlos Alberto (PT) que é aliado do Governo Wilson (PSB), esses dois inimigos da educação pública do estado cortaram salários de professores e têm virado as costas para as nossas reivindicações.
Vote Chapa 01 (Nosso Tempo)! Por um Centro Academico de História de luta e independente da reitoria e do governo!
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